21 de jul. de 2009

ESTRADA DE FERRO


Nos trilhos
seguimos
em paralelas
retas
para elas
que, belas,
atraem
e não saem da bitola
tola.
Estoura
sob a pressão
de sua própria fumaça,
engasga,
ameaça
e segue
a todo vapor.
Nos seguros
trilhos,
nos puros
camihos
pré-destinados
pré-concebidos
finados, esquecidos
por todo o chão
certos, seguros
da próxima
estação.
Os caminhos,
os mesmos,
guias podensos
encaixe perfeito.
As rodas, os trilhos,
sair do caminho
desastre,
descarrilho,
explosão.
Mas nada disso acontece
a estação chega agora
em cima da hora
(contando o atraso)
para nossa
felicidade
de vermo-nos
mudados
em nova cidade

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