27 de mai. de 2009
TEMPOS PASSADOS
Foi um tempo que passou
e que nunca voltará,
quando minha juventude
incitava minha alma.
Com o tempo tudo se vai
toda força se acalma.
Sobrou apenas uma lembrança,
ora boa, ora má,
de um tempo que passou
e que nunca voltará.
22 de mai. de 2009
Esta noite
15 de mai. de 2009
RIO
O Rio de Janeiro, a cidade,
me invade, me divide.
O Rio, a cidade incide.
E eu Rio, Rio, Rio,
de minha condição.
O Rio de Janeiro é a regra,
eu sou a exceção.
O Rio, a cidade, a montanha,
é estranha, desconcerta.
O verde, o azul, descoberta
e as buzinas da cidade.
O Rio é a realidade,
como em um sonho bom.
A cidade, a montanha. A praia,
se espalha na baía.
O sol espreguiça outro dia,
raiando tanto calor.
Eu Rio, talvez sem motivo.
Eu nada espero, eu vivo
como uma música, som.
Objeto
CORPO DE BAILE
Um corpo no baile.
As damas desmaiam
e os cavalheiros também.
Por incrível que pareça,
há um corpo no baile.
A orquestra toca um "jazz"
e o corpo extendido no salão
forma uma grotesca figura.
O ruflar de saias dançando
e o galanteio dos "gentlemen"
não são mais ouvidos...
Um corpo no baile
e nem sequer é carnaval.
O corpo está inerte no chão,
morto
e putrefa à vista de todos.
O corpo do baile horroriza-se com a vista
do corpo no baile.
Um corpo que não dança mais
e nem ouve
a música da orquestra.
O corpo do baile dança,
talvez a espera
de algum milagre
que possa reviver
o corpo morto.
Talvez a espera
de um grande caminho aberto,
que se manifeste por meio
de uma música sublime,
que guie seus pés
num eterno balé
dançado no palco brilhante
do grande teatro
onde o corpo de baile
somos todos nós.
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